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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

o poder da poesia

eu escrevi um poema que rimava bicho e lixo e era sobre a professora. então eu mostrei pro menino mais popular da classe na esperança de ser como ele, já que ninguém da classe gostava da professora. o menino percebeu minha travessura e fez uma maior: entregou o poema à professora, que leu, olhou pra mim desde longe na mesa dela, perguntou com "foi você que escreveu isso?", eu fiz que sim com a cabeça, com vergonha, e deu o sinal do intervalo.

no intervalo eu orei muito, pedindo a deus que não me fizesse ir pra diretoria.

no dia seguinte a professora já não estava mais lá, e parece que não contou do poema pra ninguém. talvez por vergonha, era um poema muito violento. o menino também não contou do poema pra ninguém, talvez tenha até se esquecido dele. eu também não contei. veio uma nova professora, e as crianças que detestavam a anterior começaram a dizer que não gostavam da atual, que preferiam a anterior.

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